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Victor Noir, nome mais conhecido do jornalista do segundo Império da França, Yvan Salmon, nasceu em 27 de julho de 1848 em Attigny, na região Vosges e foi assassinado com um tiro no peito em Paris, no dia 10 de janeiro de 1870, por Pierre-Napoleão Bonaparte, primo do imperador Napoleão III. No entanto, ele ficou mais conhecido por seu túmulo ser “bem dotado”.

Localizado no cemitério Père Lachaise, famoso pro conter diversas celebridades nacionais e internacionais, sua escultura foi feita pelo artista Jules Dalou, que procurou retratar de modo ultra-realista o exato momento que Victor Noir caiu baleado.

Para fazê-lo, ele criou um modelo nu e depois esculpiu com roupas bem justas. No entanto, o que mais chama a atenção é o “volume bem dotado”, sendo uma saliência proposital para demonstrar virilidade.

Foto: Reprodução

SIMPATIA PARA ENCONTRAR O “HOMEM PERFEITO”

O herói, caído no esquecimento durante o século XIX, acabou se tornando um símbolo de amor e fertilidade para mulheres durante o século XX e, segundo a lenda, tanto as casadas quanto as solteiras deveriam realizar algumas tarefas para a simpatia funcionar, como beijar a boca do Victor, colocar flores no chapéu, passar as mãos no “volume bem dotado” e também sentar-se nessa região ou alguma outra saliente.

- BKDR -
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Segundo relatos, dentro de um ano as mulheres casadas não teriam mais dificuldades em engravidar e teriam a felicidade no casamento. Já as solteiras arrumariam um marido bom, honesto e fiel. Não se sabe se o mesmo vale para os gays.

Como muitas pessoas tentaram essa simpatia para atrair o verdadeiro amor, as partes mais protuberantes da escultura estão mais brilhantes e lustrosas atualmente. Há uma proteção em volta da escultura e uma placa dizendo que o autor que depredá-la será punido, mas ainda sim, o canal Segredos de Paris diz que é possível fazer a simpatia, contanto que os seguranças não vejam.

Foto: Reprodução

QUEM FOI VICTOR NOIR?

Antes de ser conhecido por seu túmulo “bem dotado”, Victor Noir era um jornalista que lutava pela democracia em uma época que o imperador Napoleão III comandava a França com seu estilo autoritário e centralizador. Na época, jornais, revistas e panfletos iniciaram uma campanha para mobilizar o povo para que houvesse o fim do império.

O jornal de Noir, “La Revanche”, publicou uma notícia que atacava moralmente todos os membros da família Bonaparte e todos aqueles que apoiavam o governo imperialista de Napoleão III, chamando-os de “traidores da nação”.

Pierre ficou furioso ao ler a notícia e decidiu responder através de um outro jornal “l´Avenir de la Corse”, defendendo a honra de sua família de modo bem agressivo e baixo nível. Curiosamente, ele próprio era contra o regime de seu primo, mas não admitia que insultassem sua família.

Victor Noir antes de ser conhecido pelo túmulo bem dotado (Foto: Reprodução)

A partir daí outros jornais começaram a endossar as críticas iniciadas por Victor Noir, incluindo o “La Marseillaise“, de Henri Rochefort, um outro jornalista bastante respeitado na França.

Pierre ordenou que Rochefort se retratasse publicamente, mas ele não o fez, e Rochefort decidiu ir pessoalmente até a casa de Bonaparte para desafiá-lo para um duelo de vida ou morte ou reparação financeira junto de outros dois colegas de redação do jornal.

Coincidentemente, um outro jornalista, Pascal Grousset, correspondente do “La Revanche” em Paris, decidiu encontrá-lo também acompanhado de outros três jornalista: Victor Noir, Georges Auton e Ulrich de Fonvielle para obterem uma retratação escrita pelas difamações.

No dia 10 de janeiro de 1870, Pascal Grousset chegou a casa de Pierre-Napoleão, mas decidiu ficar em seu carro junto com Georges Sauton temendo que uma discussão mais “acalorada” pudesse acontecer. Victor Noir e Ulrich de Fonvielle que foram até ele.

As investigações policiais concluíram que Pierre-Napoleão, ao abrir a porta de casa, pensava que um deles se tratava de Henri Rochefort. Quando descobriu a verdade, Pierre ficou furioso por estar discutindo com dois “jornalistas insignificantes” e pegou uma carta que Victor Noir segurava e a rasgou sem saber do que se tratava.

Assassinato de Victor Noir pelo Príncipe Pierre-Bonaparte. Desenho: EHXA.

Furioso, Victor revidou-lhe com um soco no rosto e, logo em seguida, Pierre olhou para Ulrich e o viu colocando-a a mão no bolso e, pensando rápido, achou que ele ia sacar uma arma. Em um gesto de autodefesa, ele sacou outra e atirou no peito de Victor Noir e outras cinco vezes, em vão, em Ulrich.

Pierre-Napoleão foi julgado pela Alta Corte de Justiça e inocentado por legítima defesa, sendo condenado a pagar uma indenização de 25.000 francos a família de Victor Noir. Já Henri Rochefort e Grousset foram condenados a seis meses de prisão por injúrias aos membros da família Bonaparte.

Apesar disso, o povo da França já estava insatisfeito contra o governo de Napoleão III e ele foi sentenciada pela Alta Corte a assistir ao funeral de Victor Noir em um longo cortejo. Sete meses depois, ele foi banido da França. (Com informações de Segredos de Paris)




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